Psicólogo e Terapeuta Sexual
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João Batista Pedrosa

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ago2003bEjaculação é um conjunto de fenômenos neuromusculares que permite a progressão do sêmen e sua expulsão pelo meato uretral na fase final da resposta sexual masculina.

Ejaculação Rápida (ER) é uma ejaculação persistente ou recorrente, com estimulação sexual mínima, antes, durante ou logo após a penetração, antes que o indivíduo o deseje. (Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil – Campinas S.P. – Abril de 2002).

Várias pesquisas no mundo e no Brasil indicam que 40% dos homens se queixam de ejaculação rápida.

É uma queixa que vem aumentando nos consultórios. Ela só perde para a disfunção erétil. Provavelmente isto ocorre, por que o ejaculador rápido tem um desempenho sexual, mesmo que insatisfatório, enquanto a disfunção erétil mexe muito com a autoestima, levando seus portadores com mais freqüência ao consultório.

O 2º. Congresso Internacional em Disfunção Erétil e Sexual, realizado em julho de 2003, em Paris na França, resolveu mudar a terminologia de Ejaculação Precoce para Ejaculação Rápida.

Classificação: são três tipos, sendo a de maior prevalência a 1 e a 2.

1. E.R. Primária: ocorre desde a iniciação da vida sexual.

2. E.R. Secundária: aparece no decorrer da vida sexual.

3. E.R. Situacional: aparece momentaneamente, provocada por estresse crônico, baixa autoestima, ou outros fatores, geralmente, de cunho emocional.

Perfil dos ejaculadores rápidos, segundo Schapiro (1943) e Cooper (1993).

Primária: indivíduos mais jovens, alto nível de ansiedade, vida sexual muito ativa, pouca associação com disfunção erétil e alto grau de insatisfação sexual.

Secundária: indivíduos mais velhos, baixo nível de ansiedade, vida sexual pouco ativa, maior associação com disfunção erétil e menor grau de insatisfação sexual.

História: O livro Kama Sutra, escrito por volta do Século III da Era Cristã, faz referência a E.R. “se o homem demora muito tempo na união, a mulher sente aumentar sua paixão por ele, mas se ele demorar pouco tempo, ela ficará descontente”.

A E.R. só passou a ser diagnosticada a partir do Século XX. Gross (1887) foi o primeiro estudioso a considerar a E.R. como uma disfunção sexual. Na década de 1980 a E.R. entrou no DSM III-R, que é o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria.

Os cientistas americanos William Masters e Virginia Johnson, publicaram trabalhos importantes sobre E.R. em 1966, nos EUA.

Avaliação comportamental: para uma avaliação correta é levado em conta: idade, parceria sexual, frequência da atividade sexual recente, histórico da inicial sexual do cliente (como ocorreu sua iniciação sexual), entre outros.

Deve ser levado em consideração, fatores orgânicos que possam estar associados, como: sintomas de doenças neurológicas, trauma ou cirurgia pélvica ou abdominal, sintomas do trato geniturinário, uso de drogas leves, pesadas ou prescritas e ainda disfunções sexuais outras, como disfunção erétil. É necessário também, um bom exame físico, feito por um médico urologista, seguido de exames de laboratório.

Etiologia - estudo sobre a origem – da E.R.

“ A E.R. não pode ser explicada com bases puramente psíquicas, nem fatores puramente somáticos, mas sim por uma combinação e influência recíproca de fatores emocionais e somáticos”. Schapiro (1943).

“A chave está na incapacidade do homem em perceber seu nível de excitação sexual, isto é, de perceber àquelas sensações que precedem imediatamente o orgasmo”. Kaplan (1974).

“É comum que o estresse cause E.R. situacional ou periódica, porém, se o estresse for de longa duração, poderia contribuir para uma E.R. de longo prazo.” Walbrek (1977).

“Há uma relação direta entre E.R. e circunstâncias nas quais o homem teve suas experiências sexuais iniciais. Primeiras relações sexuais com prostitutas, ou em situações de estresse, assim como a manutenção de relações em locais inadequados, parecem estar relacionados à E.R. em alguns casos. A prática do coito interrompido, com finalidade anticoncepcional, também, pode levar a E.R.” Masters e Johnson (1979).

“Pode-se observar, uma incidência significativamente maior de ansiedade, nos portadores de E.R.” Novaretti (2002).

Parâmetros para definir E.R.

O homem é um ejaculador rápido, quando ejacula antes que à mulher atinja o orgasmo, em pelo menos 50% dos intercursos (Masters e Johnson).

E.R. é um perda persistente e recorrente do controle voluntário sobre o reflexo ejaculatório (Kaplan).

Critério 1 - penetração vaginal.

Ejaculador rápido é àquele que ejacula com menos de 15 incursões penianas intravaginais (Fanciullacci), com menos de oito (Segraves), com menos de sete (Rowland).

Critério 2 - tempo de latência.

Latência é o tempo do circuito neural, entre estímulo e resposta, para que haja a eliciação (ejaculação). Ela é medida em milissegundos, que é a velocidade de processamento das sinapses no cérebro.

Ejaculador rápido é àquele que ejacula em menos de um minuto (Cooper), em menos de dois minutos (Strassberg), em menos de três minutos (LoPiccolo), em menos de cinco minutos (Wabrek), em menos de sete minutos (Schover).

Critério 3 - sintonia do casal.

Vários autores, ressaltam hoje, que é importante observar os critérios penetração vaginal e tempo de latência. Mas à E.R. apresenta uma relatividade que está ligada à sintonia do casal durante o coito. Se um homem com oito incursões vaginais, em média, se satisfaz e satisfaz também a parceria sexual, ambos apresentando um orgasmo satisfatório, isto é o bastante. Porém, outro casal pode necessitar de 30 incursões vaginais para orgasmo satisfatório, isto é o bastante também.

Tratamento da ER.

Pode ser feito com ou sem uso de medicamento, associado com a terapia.

Passo-a-passo seguido no meu consultório:

1. Exame clínico com médico urologista.
2. Início do processo terapêutico no meu consultório: entrevista estruturada com o cliente e sua parceria sexual estável, heterossexual ou homossexual.
3. Levantamento do desenvolvimento psicoemocional do cliente: aplicação de questionários e inventários sobre comportamento sexual.
4. Fechamento do diagnóstico.
5. Início dos treinamentos de recondicionamento ejaculatório:
a) Focalização sensorial.
b) Dessensibilização masturbatória.
c) Treinamento de assertividade.
d) Técnica “start-stop” de Semans.
e) Técnica “squeeze-techinique” de Masters e Johnson.

O tratamento da Ejaculação Rápida, dentre as disfunções sexuais masculinas é a que apresenta a maior taxa de sucesso  e uma das que apresentam um menor índice de complexidade também.

Caso você apresenta E.R. marque uma consulta comigo. Quando mais tarde você tratar da sua E.R. maior será a dificuldade no tratamento, porque o fator idade é levado em consideração.

Para opiniões, sugestões, depoimentos, dúvidas entre em contato comigo através deste e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.